Como em todas as áreas, no agronegócio a logística é fundamental para garantir que os produtos agrícolas cheguem do campo até os consumidores de maneira eficiente e em boas condições. Ela envolve várias etapas, desde a colheita e armazenagem, até o transporte e distribuição dos produtos.
Ter uma logística eficiente é importante para minimizar perdas, reduzir custos no manejo e preservar a qualidade dos produtos que serão comercializados.
Lendo esta matéria até o fim, você vai entender a importância da logística no agronegócio, quais são os principais desafios e como a tecnologia ajuda na otimização e no controle.
A logística no agronegócio também é conhecida como logística rural, além de ser o ponto mais importante para o escoamento da produção rural, é responsável pelo planejamento, execução e controle eficiente do fluxo de produtos, informações e recursos em toda a cadeia de suprimentos agrícola.
No caso do Brasil, que é um dos maiores produtores e exportadores de alimentos do mundo e com uma parte significativa do PIB vinculado a essa atividade, a logística desempenha um papel ainda mais importante.
Sabemos que a extensão territorial do país é grande e que apresenta desafios de escoamento da produção em muitas regiões produtoras. Então, aproveitar a infraestrutura de transporte da melhor forma é um fator determinante para garantir que os produtos cheguem aos mercados internos e externos com sucesso e lucratividade.
Você sabia que o Brasil produz alimentos suficientes para necessidades calóricas de aproximadamente 900 milhões de pessoas, equivalendo a 11% da população global? A produção é enorme, não é mesmo?
O agronegócio representa uma grande parcela na economia brasileira, e os desafios nesse setor estão crescendo cada dia mais e podem impactar negativamente em sua performance. Os principais desafios são:
Apesar de o Brasil ser um dos maiores exportadores agrícolas, ainda existe muito desafio no quesito escoamento dos produtos. Tanto devido as estradas serem ruins e prejudicar o transporte, quanto pela falta de infraestrutura em armazenagem dos produtos. Isso pode impactar diretamente na qualidade da mercadoria e sua comercialização quando chegar ao destino.
Além disso, a maior parte das produções estão localizadas nos interiores dos estados, porém os portos ficam em outra extremidade. A distância entre um ponto e outro é grande, e para chegar mais rápido o motorista acaba acelerando mais. Isso o coloca em um risco maior que, somado as estradas ruins, pode causar acidentes, tombamento de carga e, consequentemente, perca de produto.
Outro ponto é que quando transportamos produtos perecíveis, precisamos ter um cuidado maior devido ao prazo de validade e condições ambientais que afetam eles. Porém com os longos trajetos acabamos muitas vezes com produtos avariados, causando desperdícios e consequentemente redução de receita.
Sabia que o Brasil é um dos países que mais utiliza o transporte rodoviário de cargas? A malha rodoviária é utilizada para o escoamento de 75% da produção no país. Porém, as rodovias são muito precárias e sofrem com baixo investimento na manutenção e ampliação.
Por ter um baixo policiamento, o socorro em caso de problemas fica ainda mais difícil, aumentando o risco de sinistro de cargas. E, por consequência, fica mais complicado encontrar transportadores disponíveis para seguir com as entregas.
Encontrar transportadores que estão dispostos a enfrentar as estradas rurais e os longos caminhos está cada dia mais difícil. Eles não querem colocar os caminhões em estradas ruins para não estragar o veículo e ter prejuízos posteriores ou mesmo “abrir mão” do veículo pelo tempo que esse tipo de transporte necessita.
Quanto mais escasso um serviço, mais caro ele fica. É a famosa “oferta e demanda”. Além disso, também existem questões que envolvem o combustível e tarifas de pedágios que impactam negativamente no custo de frete.
O tempo necessário para o transporte, os recursos como motoristas e equipamentos e outras necessidades específicas deste setor tornam a tarefa do gestor de logística bastante desafiadora. E tudo isso contribui para um alto custo do frete.
Imagine que a sua produção fica localizada em Mato Grosso e você terá que fazer uma exportação. O embarque dessa carga será no porto de Santos. A distância média é de 1.680 quilômetros.
Considerando que tudo ocorra como o previsto e respeitando o tempo de parada e descanso do motorista, esse trajeto levará 4 dias para ser percorrido.
Com essa distância e tempo, o risco de ter avarias no veículo ou o produto perder a qualidade aumenta. E a chance de atrasar a entrega é maior ainda, significando o risco de perder o embarque e toda a mercadoria, ficando com o prejuízo.
Realmente, esses desafios podem ser “uma pedra no sapato” para o gestor de logística. O lado bom é que, mesmo com eles, ainda vemos como o agronegócio é capaz de se sustentar, crescer e sempre em buscar modernização.
A tecnologia pode ajudar no controle da logística, especialmente no agronegócio de várias maneiras, trazendo mais eficiência e precisão para todo o processo. Aqui estão algumas opções:
Utilizando sistemas que tenham a inteligência para localizar as melhores rotas, tanto em relação ao tempo como distância e segurança, ajuda na redução de tempo nas filas em diferentes pontos do caminho e em especial nos portos, já que o será traçado o melhor trajeto para o motorista seguir.
Infelizmente é comum acontecerem sinistros com a carga. Então você apostar em tecnologia que te dê a possibilidade de acompanhar o andamento das entregas, saber se o motorista está seguindo a rota combinada e respeitando o tempo de descanso, você terá meios de identificar os gargalos, reduzir os riscos de surpresas e aumentar as chances de uma entrega perfeita com o máximo de aproveitamento.
Por exemplo, se você precisa esperar o seu motorista chegar no porto para só depois te passar um posicionamento sobre a carga, se qualquer problema acontecer no caminho você não ficará sabendo a tempo de tomar ações que pudessem reduzir ou até mesmo evitar um prejuízo financeiro para a empresa.
Pensa comigo, se até nós gostamos de acompanhar o andamento dos pedidos que vamos receber, com o seu cliente não seria diferente, não é mesmo?! Ainda mais quando a entrega dele vai atravessar, praticamente, todos os estados do Brasil.
Isso toma proporções ainda maiores quando a mercadoria é parte de uma cadeia produtiva ou, até mesmo, se seu cliente depende dela para manter o estabelecimento abastecido. Com isso, ter agilidade e transparência transmite segurança e profissionalismo ao seu parceiro de negócio, reduzindo o risco de ele ir em busca de outro fornecedor.
Ninguém merece ter que acessar vários sites de rastreio, ligar para os transportadores e motoristas para saber sobre o andamento das entregas, não é mesmo?! Ainda bem que existem portais online e automatizados que você centraliza o controle de todas as transportadoras em tempo real.
Tudo o que acontecer com suas entregas você já ficará sabendo, sem precisar entrar em contato transportadora por transportadora. Além de economizar um tempo precioso seu e da sua equipe, essa centralização torna a gestão da informação mais rápida e aumenta sua capacidade de agir de forma ativa ao identificar gargalos.
Apostar em tecnologia para a gestão da logística no agronegócio permite a visibilidade necessária para a tomada de decisão no tempo certo, que é o ponto crítico quando falamos de produtos perecíveis e com tantas regulamentações. Fazer a gestão sem visibilidade em tempo real é arriscado, pois você não saberá como está o andamento das entregas até ser tarde para agir e evitar prejuízos.
Entender o que está acontecendo em cada etapa da logística com a maior precisão e velocidade, aumentam as possibilidades de planejamento e atuação de forma assertiva junto ao seus transportadores.
Investir em sistemas de gestão logística e softwares de controle de entregas são ótimas soluções para ajudar você a reduzir custos, ter visibilidade de tudo o que está acontecendo na operação, disponibilizar o rastreio para seus clientes e ainda garantir a qualidade e segurança dos produtos.
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